Inauguração!


Cabe-me a mim fazer a inauguração deste espaço que esperamos ter muita adesão por parte dos viseenses e não só! cada autor dos posts deste blog adoptará o nome de uma personalidade histórica ligada à cidade de Viseu. Eu escolhi Augusto Hilário pelo que deixo uma pequena biografia desta importante figura.

Augusto Hilário (Viseu, janeiro de 1864 – Viseu, 3 de Abril de 1896) Fadista, estudante e poeta.

Augusto Hilário da Costa Alves, nasceu em Viseu em Janeiro de 1864 na Rua Nova. Estudou no Liceu de Viseu com o objectivo de fazer os estudos preparatórios para a admissão à Faculdade de Filosofia. A primeira matrícula na Faculdade de Filosofia da Universidade de Coimbra terá sido em 1889/1890, mas a partir do ano de 1892/1893 e até 1895/1896, frequentou o curso de Medicina.
A sua actividade de fadista e trovador era conhecida pelo país inteiro, em particular na Academia Coimbrã onde era o "Rei da Alegria". Durante o seu tempo de estudante cantou e tocou guitarra, tendo feito parte da Tuna Académica da Universidade de Coimbra (no tempo em que o Doutor Egas Moniz, futuro Prémio Nobel da Medicina, era o Presidente da Tuna). Participou também na célebre homenagem a João de Deus, durante a qual, após a actuação, terá atirado a guitarra para a assistência e, claro está, nunca mais a viu. Para obviar a falta da Guitarra, valeu-lhe o Ateneu Comercial de Lisboa que lhe ofereceu a derradeira guitarra em 1895 (a Guitarra do Hilário que hoje conhecemos).


http://jaimegamafotos.blogspot.com/2010/08/fotos-de-viseu.html


O seu esmerado trato e a sua cordialidade faziam dele o grande animador dos serões académicos. Nos seus fados, interpretou poemas de Guerra Junqueiro, António Nobre, Fausto Guedes Teixeira, para além dos que ele próprio criou. Depois de ter actuado em diversos locais do país, acabou por falecer em Viseu no dia 3 de Abril de 1896.




Segundo a cópia da Certidão de Óbito na obra dos autores referenciados, morreu pelas nove horas da noite e sem sacramentos. Além disso, foi sepultado no cemitério público desta cidade. No entanto, o mais interessante é que numa nota à margem da Certidão de Óbito está creador do Fado Hilário e poeta e boémio, notável cantor do mesmo Fado conhecido em todo o país pelo Fado Hilário.

A minha capa velhinha

É da cor da noite escura

Ela quer acompanhar-me

Quando for p’rá sepultura

Ela há-de ir contar aos vermes

Ai, já que eu não posso falar

Segredos luarizados

Ai, da minh’ alma a soluçar

Eu quero que o meu caixão

Tenha uma forma bizarra

A forma de um coração

Ai, a forma de uma guitarra.

A minha capa ondulante

Foi feita de negro tecido

Não é capa de estudante

Mas é capa de vencido


Fontes: Wikipedia,Infopedia,http://www.uc.pt/antigos-estudantes/cancao_coimbra_folder/cancao_coimbra_docs/hilario

Fica uma sugestão às tunas da cidade para a criação de um prémio Augusto Hilário (apesar da sua vida académica ter sido em Coimbra) em algum festival por eles organizado, acho que seria uma boa forma de homenagem a este ilustre viseense .


REAL TUNEL ACADÉMICO "VISEU" - HOMENAGEM A HILÁRIO

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