Já “funiculou”?




O Funicular de Viseu é um transporte não poluente construído no âmbito da intervenção do Programa Polis em Viseu. A funcionar desde 25 de Setembro de 2009, faz a ligação entre o recinto da Feira de São Mateus e a Sé, numa distância de quatrocentos metros, vencendo um declive máximo de 16%. Esta obra orçada em cerca de 5,2 milhões de euros, tem a particularidade de utilizar uma via partilhada com viaturas e peões, tendo sido construída com o intuito de diminuir o tráfego automóvel e aumentar a circulação pedonal.
Obra polémica desde a sua inauguração, ficou marcada com a ocorrência de vários acidentes, dos quais resultaram alguns feridos, devido à escolha desajustada do modo de tração do funicular e à falta de medidas de segurança adequadas. De referir que o projecto inicial do arquitecto Manuel Salgado era bem diferente da actual configuração e mais ajustado ao dia-a-dia daquela zona da cidade. Neste projecto estava previsto a construção de uma passadeira rolante apenas na Calçada de Viriato, que permitiria a subida de peões e de bicicletas até ao centro histórico. Para além disso, a passadeira rolante evitaria a confusão de trânsito no cruzamento com a Rua de Serpa Pinto e com a Rua D. José da Cruz Moreira Pinto.

Este investimento, tal como foi concretizado, nunca conseguiu cumprir o seu propósito, sendo um autêntico sorvedouro de dinheiros públicos e a causa de grandes transtornos para peões, automobilistas, moradores e comerciantes. Embora o funicular seja gratuito, a sua taxa de utilização é extremamente reduzida, não conseguindo atrair o interesse nem dos munícipes nem dos turistas. Acrescente-se a isto, as constantes paragens para manutenção e as reparações, quer das lajes de granito da calçada, quer dos pilaretes que são derrubados pelos automobilistas. O funicular é, ainda, um estorvo na organização e funcionamento da Feira de S. Mateus, estando parado numa altura do ano em que poderia ter maior utilização.
Enquanto a Câmara Municipal de Viseu não encontra uma solução viável e sustentável para este problema, proponho a instalação de um placar (à boa maneira do Polis) numa das estações do funicular, com a contagem dos prejuízos acumulados associados ao seu funcionamento.
Nota: Aconselho a visita ao blog Viseu, Fotos do AJ (http://fotosviseu.blogspot.pt), “Provedor do Funicular”.



1 comentário:

Anónimo disse...

Não seja assim! mas tu queres ver que o Orlando Santos que usa isso depois vem para aqui destilar ódio.

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